Nota técnica elaborada pelo Coletivo do Pirarucu a fim de subsidiar o pedido de prorrogação do prazo de pesca manejada da espécie no estado do Amazonas em razão da forte estiagem que atinge o Amazonas.
Nota técnica elaborada pelo Coletivo do Pirarucu a fim de subsidiar o pedido de prorrogação do prazo de pesca manejada da espécie no estado do Amazonas em razão da forte estiagem que atinge o Amazonas.
Apresentação institucional do Coletivo do Pirarucu, trazendo o histórico, a área de atuação e organizações que integram o grupo, além das principais conquistas do Coletivo desde sua criação.
A experiência de ser mulher em uma comunidade pesqueira passou por uma revolução com a chegada do manejo do pirarucu, que proporcionou uma renda inédita para as mulheres na pesca. Na cozinha, na limpeza do peixe, nas reuniões comunitárias e em posições de liderança – elas estão conquistando lugares nunca antes imaginados.
Não é só pescar! O manejo do pirarucu acontece o ano todo e é tudo muito bem planejado, e tudo é coordenado pelo pulso de inundação da floresta. Os lagos não podem ser invadidos e precisam de vigilância. O número de peixes nos lagos precisa ser monitorado para saber se está aumentando, por isso é feita a contagem. Isso sem falar no transporte do peixe, que muitas vezes é feito nas costas! Edimar Costa, manejador e contador experiente, nos dá os detalhes desse trabalho que dura o ano todo!
A ciência e o conhecimento ecológico de pescadores construíram juntos um modelo de pesca que transformou a vida de famílias que não tinham muitas opções de renda e está salvando uma espécie de peixe da extinção. Ana Cláudia Gonçalves, coordenadora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá, conta como essa ideia surgiu.
Em sua tese de doutorado em antropologia social, o pesquisador José Cândido desenvolve um trabalho que consiste numa etnografia dos processos técnicos do Manejo Participativo de Pirarucu, realizado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazonas, Brasil. O objetivo do estudo é compreender como esse projeto de desenvolvimento sustentável funciona, tendo em vista os modos pelos quais ribeirinhos integram o programa de conservação.
Uma das iniciativas que fortalecem a cadeia do manejo sustentável do pirarucu no Amazonas é o projeto Cadeias de Valor Sustentáveis, que apoiou a criação do Coletivo do Pirarucu e da marca coletiva Gosto da Amazônia. O projeto atua desde 2015 para a conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade de vida das populações indígenas e tradicionais na Amazônia brasileira.
O documento aborda como a pesca ilegal se correlaciona com outras práticas criminosas e descreve os diversos impactos negativos causados por um contexto de impunidade e ausência de fiscalização. O documento, enviado para diversos órgãos federais e estaduais, além de candidatos à presidência e ao governo do Amazonas, traz ainda uma série de denúncias, informações e recomendações ao Estado Brasileiro.
Em razão do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista do Dom Phillips, o Coletivo publicou uma nota manifestando solidariedade aos povos indígenas do Vale do Javari e aos familiares e amigos de Bruno e Dom.
O pirarucu foi reconhecido como um ativo natural biofísico chave pelas comunidades locais, com um papel significativo em termos de importância alimentar, cultural, econômica e de conservação, além de seu status de espécie icônica e emblemática. Este estudo reforça o potencial do PAAF para identificar a diversidade de valores associados às APs. Nossos resultados também encorajam um apoio mais amplo para fortalecer programas de manejo sustentável de recursos naturais colaborativos, como o co-manejo de pirarucu, que está alcançando notáveis resultados sociais e ecológicos na Amazônia rural.