Asproc apresenta experiência da rastreabilidade do pirarucu de manejo sustentável durante oficina em Brasília

Evento promovido pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável convocou especialistas para debater a rastreabilidade de produtos florestais

Por Talita Oliveira (Coletivo do Pirarucu) e Jéssica Souza (MCM)

Nos dias 22 e 23 de maio, a Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) esteve presente na Oficina de Rastreabilidade em Cadeias de Produtos Florestais, Agropecuários e da Sociobiodiversidade, promovida pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e realizada em Brasília (DF). Na oportunidade, a Asproc apresentou a experiência da associação no trabalho de rastreabilidade do pirarucu de manejo sustentável.

Jéssica Souza apresentou a estratégia de rastreabilidade da Asproc. Foto: Lucas Freire/GIZ BR

Nos mercados de produtos da sociobiodiversidade, que alcançam públicos exigentes e cada vez mais interessados na garantia da origem legal e sustentável do que consomem, a rastreabilidade tem sido uma importante estratégia de promoção das cadeias produtivas. Para debater este assunto, o evento reuniu diversos especialistas que têm lidado com o tema nas áreas da ciência, da gestão pública, na governança de projetos socioambientais e nos negócios de impacto.

A associação participou do ‘Painel Mercados: impactos da rastreabilidade nas cadeias produtivas’, apresentando o sistema de rastreabilidade do pirarucu de manejo sustentável desenvolvido pela Asproc e Gosto da Amazônia, em parceria com o Memorial Chico Mendes, Coletivo do Pirarucu e a empresa SafeTrace e apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), dos projetos Mercados Verdes (GIZ Brasil) e Cadeias de Valor Sustentáveis (USAID), além do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

“Foi um espaço muito rico de troca de experiências entre os múltiplos atores envolvidos e interessados em rastreabilidade”, explica Jéssica Souza, analista socioambiental do Memorial Chico Mendes, que representou a Asproc no evento.

Sistema permite conhecer a origem do peixe manejado

Por meio de um QR Code na embalagem do produto, o consumidor pode conhecer a origem do peixe que chega em supermercados e restaurantes. Foto: Bernardo Oliveira / Gosto da Amazônia

O sistema de rastreamento do manejo sustentável do pirarucu começou a ser desenvolvido em 2019, quando foi um dos 12 projetos selecionados pelo Innovation Challenge, iniciativa do PNUD Brasil para financiar experiências e metodologias de inovação nas cadeias de produção do Piauí e Amazonas, alinhadas aos aceleradores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos estados.

A partir de um QR Code, é possível conhecer a origem do peixe que chega em supermercados e restaurantes, além de entender como funciona o manejo implementado em diversas comunidades no Amazonas. O objetivo é aumentar a qualidade do alimento, a confiabilidade de origem e, ao mesmo tempo, ampliar a renda e a valorização dos pescadores.

A rastreabilidade tem se destacado por passar a mensagem ao consumidor de que o produto se adequa nos aspectos legais, ambientais e sociais, e tem sido estritamente associada a certificações e a mecanismos de controle em cadeias sensíveis, como a madeira amazônica e o pirarucu, especialmente no Estado do Amazonas.

Saiba mais sobre a iniciativa acessando o site: rastreabilidadedopirarucu.asproc.org.br

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